Cada vez mais inseridos no mercado de trabalho, os jovens da chamada “Geração Z” (nascidos entre 1990 e 1999), apresentam também algumas características peculiares de comportamentos, desejos e objetivos de carreira. Sabendo disso, a Robert Half em parceria com a Enactus realizou uma pesquisa com mais de 750 jovens dessa geração para investigar o que eles – que em meia década representarão ao menos 20% do mercado de trabalho – querem e no que se diferenciam dos “dinossauros” de suas áreas.
Veja algumas das conclusões que puderam ser extraídas da pesquisa, que pode ser encontrada aqui, em inglês:
- Foco em empresas de médio porte
41% dos entrevistados afirmaram que o ambiente ideal corresponde a empresas de porte médio, contra 38% de afirmação para empresas de porte grande e apenas 14% para empresas do tipo “start-up”.
Vale ressaltar também que 45% destacaram a preferência por escritórios com salas individuais ao invés de um espaço compartilhado por vários colegas.
Além disso, quase dois terços afirmaram que preferem um contato com seus superiores, frente a frente, um dado surpreendente tratando-se de uma geração que cresceu na era das mensagens.
- Maior disposição para um maior esforço
Mais de dois terços dos entrevistados afirmam que sabem que terão de se esforçar mais do que seus antecessores para alcançar o patamar almejado na sua vida profissional.
Em contrapartida, a maior preocupação dos entrevistados está em saber conciliar a vida profissional e pessoal sem prejudicar seu desempenho profissional, seguido de ganhar dinheiro e garantir a estabilidade nos seus respectivos empregos.
- Fidelidade aos empregos
Ao contrário da sua geração antecessora, os Z’s tem como foco trabalhar em, no máximo 4 empresas durante toda a carreira, ao invés de ficar “pulando de galho em galho”.
Entretanto, isso deve ser paralelo ao crescimento profissional, um componente importante para 32% dos entrevistados. Para estes 32%, em 5 anos eles já se veem capazes de gerenciar equipes e com 60 anos já esperam estar aptos para a aposentadoria, apesar de apenas 17% acreditar que isso se concretizará.
- Foco no crescimento, não nos cargos
Essencial para 64% dos entrevistados, as oportunidades de crescimento são mais importantes que a nomenclatura que elas podem levar, não interessando se serão gerentes, diretores ou presidentes.
- Perfil dos chefes
Honestidade e integridade são as características mais buscadas nos chefes, segundo 38% dos jovens Z. A vontade de ensinar e de compartilhar experiências também é valorizada, 21% citam a capacidade de mentorar como essencial em um gestor.
- Veteranos são os que mais preocupam
A relação com os “dinossauros” da empresa (nascidos entre 1945 e 1964) é a mais temida e desafiadora por quase metade dos entrevistados.
Os jovens dessa geração cresceram imersos na tecnologia, entretanto, para aliar o potencial tecnológico às situações do dia-a-dia das empresas eles precisam de uma comunicação mais formal de seus superiores. Eles estão acostumados com o aprendizado contínuo e por isso as empresas devem se acostumar com os seus costumes e preferencias para extrair o máximo de seus potenciais. Quem faz isso, com certeza sai na frente.
Victor Macedo de Moura – Desenvolvedor WEB da Betalabs, Graduando em Sistemas de Informação pela Faculdade de Informática e Administração Paulista – FIAP