Apesar de generalistas as definições sociológicas das gerações podem ser interessantes para analisar as relações de trabalho. Minha intenção nesse texto é tentar abordar do ponto de vista prático como se dá a relação entre a geração Y e Z no mercado de trabalho.
Fundamos a Betalabs, empresa de cloud computing especializada em sistemas de gestão e e-commerce, há cerca de três anos e em nossa curta existência notamos que o mercado de tecnologia, mais especificamente relacionada a internet tem uma caractetística muito peculiar: pessoas muito jovens em posições muito relevantes e muitas vezes com salários bem altos. Isso é resultado do grande avanço tecnológico dos últimos anos e acima de tudo do fato das gerações Y e Z – que nasceram conectadas – chegarem a idade de trabalhar.
Você deve estar pensando “esse é um ótimo cenário”, afinal parece muito conveniente para uma empresa de tecnologia contratar colaboradores que navegam pela rede desde os primeiros anos de vida. O grande paradigma, no entanto, é que os indivíduos da Geração Z são conhecidos por mais que serem nativas digitais, mas também por zapear , e daí vem o tal Z, pois mudam da internet para o rádio, televisão ou telefone em instantes.
Essa ansiedade e dificuldade de manutenção do foco são um grande desafio para os gestores. Mesmo na Betalabs, uma empresa nova, de sócios jovens, ambiente descontraído, alta possibilidade de crescimento e liberdade para falar de igual pra igual entre os colaboradores de todos os níveis hierárquicos existe uma grande rotatividade entre a geração Z. Ora por procurarem trabalhos com mais flexibilidade e ora, pasmem, por não acreditarem no modelo “tradicional” de carreira no qual é preciso ralar para crescer.
No caso do nosso negócio a solução desse paradoxo está na total transparência sobre a vaga no processo seletivo. Ao ser entrevistado o candidato só começa a falar após ouvir cada detalhe sobre a vaga benefícios, atribuições e responsabilidades. Após escutar sobre o nosso modelo o candidato é questionado sobre o real interesse na oportunidade. Em muitos casos a entrevista termina nesse ponto.
Quando interessado e engajado o profissional da geração Z tem um grande diferencial ao aliar sua cabeça multi tarefas aos complexos desafios do mercado de trabalho atual. Além disso por serem extremamente antenados muitas vezes são mais ágeis para resolver problemas. Cabe aos gestores lidar com o desafio do engajamento desses profissionais.
Falando de gestão estamos tratando de profissionais que não conseguem trabalhar com ordens diretas. Escutar um “faça assim ou assado” deve vir sempre acompanhado de uma explicação e se possível de uma indagação “concorda?”. A abertura no trabalho é fator essencial da motivação desses profissionais. Além disso a liderança pelo exemplo é fundamental, no nosso time notamos que os gestores que tem mais facilidade com as equipes são aqueles que dão sempre o bom exemplo e acima de tudo conquistaram o respeito e admiração dos indivíduos dessa geração.
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