“O maior risco em tempos de crise não é a crise em si, mas continuar agindo como se nada tivesse mudado” – Peter Drucker
Em um período onde o mundo inteiro, incluindo o Brasil, enfrenta dificuldades econômicas, uma grande empresa chamada Adobe está mostrando um resultado impressionante. No segundo trimestre de 2020, eles conseguiram ganhar 3,13 bilhões de dólares, um aumento significativo em comparação ao ano anterior. Esse é o maior lucro que a empresa já teve.
Como a Adobe conseguiu isso em meio à crise? Eles mudaram a maneira de vender seus produtos. Antes, vendiam programas de computador em caixas, mas, em 2013, começaram a vender assinaturas, como se fossem planos de serviços, tipo os de celular ou streaming que temos no Brasil. Isso fez a empresa crescer muito e aumentar seus lucros.
Essa estratégia de assinaturas está sendo considerada até por empresas como o Twitter. Em tempos incertos, ter uma fonte de renda constante e previsível é muito mais seguro. Isso é algo que empresas brasileiras também estão começando a perceber e adotar.
A venda por assinatura está se tornando popular em vários setores, não só em tecnologia. Empresas que fabricam maquinário pesado, como a Caterpillar e a John Deere, estão vendendo serviços de assinatura que fornecem informações sobre o uso das máquinas. É como se um agricultor no Brasil pudesse assinar um serviço para monitorar o desempenho de seu trator.
Os investidores estão valorizando as empresas com modelos de assinatura, pois elas têm uma fonte de renda mais estável e previsível. Empresas com assinaturas são vistas como mais valiosas do que as que dependem de vendas únicas.
No entanto, mudar para o modelo de assinatura não é fácil. Muitas empresas desejam fazer essa mudança, mas enfrentam dificuldades. Os sistemas antigos não são adequados para gerenciar assinaturas, e muitas empresas enfrentam problemas operacionais nessa transição.
Para fazer essa mudança com sucesso, é preciso planejamento e adaptação gradual. A Adobe, por exemplo, testou o modelo de assinaturas na Austrália antes de expandi-lo globalmente. A Microsoft também adaptou seu modelo de negócios para assinaturas, mas teve que preparar seus funcionários para essa nova abordagem.
Os líderes das empresas precisam comunicar essas mudanças claramente para todos os envolvidos, incluindo funcionários e investidores. Inicialmente, pode haver uma redução nos lucros, mas com o tempo, a tendência é que os lucros voltem a crescer.
Concluindo, para ter sucesso no mundo digital de hoje, inclusive no Brasil, as empresas precisam adotar o modelo de assinaturas. Esse modelo permite entender melhor os clientes e adaptar os produtos de acordo com as necessidades deles. Como disse Dan Cohen, ex-executivo da Adobe: “Não espere alguém mudar o seu mercado para começar a se adaptar. Pode parecer arriscado, mas quando você percebe que o mercado vai mudar com ou sem você, não tem outra escolha a não ser se adaptar.”
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